O que é Bartolinite?

A bartolinite é a inflamação das glândulas de Bartholin (localizadas na região genital da mulher) provocada por uma obstrução do ducto que drena secreções. Os seus principais sintomas são dores na região íntima, presença de cisto com pus e vermelhidão no local.

As glândulas de Bartholin são duas saídas localizadas na base dos pequenos lábios, na vulva feminina. Elas têm papel na lubrificação vaginal, produzindo e secretando muco. Em termos anatômicos, as glândulas são impalpáveis e geralmente do tamanho de ervilhas, raramente ultrapassando um centímetro.

Os cistos de Bartholin são resultado do inchaço, geralmente indolor, das glândulas, provocando bloqueio dos ductos que realizam o escoamento do muco. A bartolinite, por sua vez, ocorre quando o interior do cisto infecciona, resultando em abscesso, semelhante a um furúnculo, com pus.

A infecção da bartolinite é causada por várias bactérias, mas há prevalência de alguns patógenos específicos, como E. coli, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, sendo os dois últimos sexualmente transmissíveis.

Abscessos nas glândulas de Bartholin, em casos mais raros, podem ocorrer devido a um câncer ginecológico, um carcinoma vulvar mais comum em mulheres no período pós-menopausa.

A bartolinite não é transmissível, porém, algumas das bactérias que podem provocar a doença são sexualmente transmissíveis, como a Chlamydia trachomati, que também causa a clamídia, e a Neisseria gonorrhoeae, responsável por causar gonorreia.

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Os sintomas de bartolinite mais comuns são:

Dor extrema

Dificuldade em andar, sentar e nas relações sexuais

Vermelhidão

Edema

Formação de pus

Desconforto no local

A bartolinite dura, em média, de três a cinco dias, tendo um tratamento correto. Em casos mais graves, em que é necessário realizar a drenagem do pus, a recuperação pode levar até quatro semanas. 

O diagnóstico de bartolinite é clínico, com exame físico para identificar a inflamação ou o aumento de volume das glândulas de Bartholin. Em mulheres acima de 40 anos, é recomendada a drenagem e a biópsia do cisto para eliminar a possibilidade de câncer.

Os tratamentos de bartolinite consistem no uso de antibióticos ou, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos, como drenagem e marsupialização. O segundo método é indicado quando o processo inflamatório retorna mesmo após a drenagem cirúrgica, em que o profissional une as bordas da glândula para evitar o acúmulo de pus. 

Os banhos de assento (imersão da região genital em água morna) podem ajudar a aliviar os sintomas de dor e desconforto local. Quando feitos algumas vezes por dia, durante três a quatro dias, podem ajudar um cisto pequeno e infectado a romper e drenar sozinho.

Entretanto, geralmente, os banhos de assento não resolvem a infecção, pois o tratamento contra a bactéria é feito através de antibióticos. Por vezes, mesmo sem a infecção, apenas com o cisto formado, os banhos não são capazes de drenar a secreção do cisto, sendo necessária uma intervenção cirúrgica.

A bartolinite tem cura, mas quando ocorre de forma recorrente, o prognóstico é realizar uma cirurgia para retirar as glândulas de Bartholin ou aumentar o ducto para evitar que ele obstrua novamente. Devido à presença de outras glândulas, incluindo as glândulas Skene, a remoção de uma glândula de Bartholin não afeta a lubrificação vaginal.

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Os principais medicamentos para bartolinite usados no tratamento são:

Os banhos de assento (imersão da região genital em água morna) podem ajudar a aliviar os sintomas de dor e desconforto local. Quando feitos algumas vezes por dia, durante três a quatro dias, podem ajudar um cisto pequeno e infectado a romper e drenar sozinho.

Entretanto, geralmente, os banhos de assento não resolvem a infecção, pois o tratamento contra a bactéria é feito através de antibióticos. Por vezes, mesmo sem a infecção, apenas com o cisto formado, os banhos não são capazes de drenar a secreção do cisto, sendo necessária uma intervenção cirúrgica.

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Lee, Min Y et al. “Clinical Pathology of Bartholin's Glands: A Review of the Literature.” Current urology vol. 8,1 (2015): 22-5. doi:10.1159/000365683